Aspectos epidemiológicos da eustrongilidíase: breve revisão
Lacerda, Lara BotelhoSantos, Talita Vitória Barbosa dosOliveira, Gabriela RodriguesSilva, Douglas MarinhoCaires, Pablo ArrudaSilva, Nicolly do CarmoVieira, Vanessa Paulino da Cruz
Pertencente à família Dioctophymatidae, o gênero Eustrongylides spp. compreende três espécies, E. tubifex, E. ignotus, e E. excisus, as quais são responsáveis pela eustrongilidíase. Essa enfermidade é uma das principais zoonoses parasitárias transmissíveis pelo consumo de carne de peixe inadequada, entretanto é pouco relatada em humanos, possivelmente pela falta de diagnóstico. Neste sentido, este trabalho corresponde a uma revisão teórico-descritiva das produções científicas dos anos de 2010 a 2022 presentes nos principais bancos de dados de bases científicas, utilizando as seguintes palavras-chave: Eustrongylides; Nematódeo; Parasito; Peixe, Aves aquáticas. Parâmetros de seleção e critérios de inclusão e exclusão das publicações foram estabelecidos para melhor direcionamento e padronização da revisão. Assim, o levantamento bibliográfico após a primeira seleção iniciou-se com 60 bibliografias relacionadas ao assunto e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 13 bibliografias foram consideradas relevantes, consistindo em artigos científicos, livros e materiais acadêmicos, os quais foram de suma importância para compor o presente trabalho. Após analisadas, 30,76% das fontes mencionaram as aves como animais acometidos pela eustrongilidíase, os 84,61% restantes referiram-se aos peixes, sendo que destes, 53,84% dizia respeito à Hoplias malabaricus. Dentre as espécies de Eustrongylides spp, E. tubifexse mostrou a mais frequente. O método de diagnóstico mais utilizado, entre os artigos selecionados, foi a necropsia. Por outro lado, apenas um autor informou a terapêutica utilizada, correspondendo a 7,69%. Das 13 obras escolhidas, 69,24% relataram a ocorrência da enfermidade no Brasil, e, embora não se tenha registros de humanos acometidos, a possibilidade não deve ser descartada. Animais contaminados que não apresentam contato direto com o ser humano como as aves acometidas, não são riscos iminentes à saúde pública, ao contrário da prevalência do parasito em peixes, o que é um risco preocupante. Tendo isso em vista, a presente pesquisa poderá auxiliar nas medidas de promoção à saúde pública.
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