Diversidade e resistência aos antimicrobianos de Salmonella isoladas de fezes e carcaças de suínos
Melo, Roberta Torres deMendonça, Eliane PereiraMonteiro, Guilherme PazValadares Junior, Edson CamposGuimarães, Adélia RodriguesBrás, Raquelline FigueiredoSantos, Fernanda Aparecida Longato dosPeres, Phelipe Augusto Borba MartinsSantos, Ana Carolina de SouzaVaz, Maria Eduarda de LourdesRossi, Daise Aparecida
Objetivou-se determinar os sorovares de Salmonella mais freqüentes em fezes de suínos na granja de terminação, pocilga de espera do frigorífico e em suas carcaças durante o abate, assim como, seus perfis de resistência aos antimicrobianos. Utilizou-se 86 cepas de Salmonella spp previamente isoladas de três lotes diferentes em coletas distintas. A identificação dos sorovares foi realizada por meio de sorotipificação e a resistência aos antimicrobianos foi determinada pela técnica de difusão de discos. Foi observada uma multiplicidade de sorovares, sendo as 86 cepas identificadas sorologicamente como: 28 (32,55%) S. Typhimurium, 20 (23,26%), S. Agona, 17 (19,77%) S. Infantis, 6 (6,98%) S. Panama, e 15 (17,44%) S. Minnesota. A diversidade de sorovares indicou que diferentes fatores influenciam na infecção de suínos em terminação e na persistência do microrganismo na carcaça destes animais após o abate. Mais de 50% dos isolados apresentaram resistência a nove dos 11 antibióticos testados. As drogas as quais os microrganismos apresentaram os maiores percentuais de sensibilidade foram o sulfazotrim e a norfloxacina, 22,1% e 14%, respectivamente. S. Typhimurium foi o sorovar mais isolado, inclusive nas carcaças, e também o que demonstrou maior diferença quanto à resistência aos antimicrobianos, quando comparado aos outros sorovares. O perfil de multirresistência observado neste estudo alerta para a necessidade de vigilância e monitoramento sistemático da resistência aos antimicrobianos em bactérias zoonóticas transmitidas pelos alimentos.(AU)
Texto completo