Carboidratos fibrosos e não fibrosos na dieta de ruminantes e seus efeitos sobre a microbiota ruminal
Oliveira, Vinicius da SilvaSantana Neto, José AdelsonValença, Roberta de LimaSilva, Barbará Cristina Dantas daSantos, Ana Caroline Pinho dos
O objetivo da presente revisão é avaliar a concentração de carboidratos fibrosos e não fibrosos na dieta de ruminantes e os efeitos sobre a microbiota ruminal. Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes da natureza e exercem função estrutural e energética, sendo a principal fonte de energia para ruminantes. Eles podem ser classificados de acordo com sua estrutura e função, assim como do ponto de vista nutricional, o qual os dividem em carboidratos fibrosos e não fibrosos. Os carboidratos são fermentados no rúmen pela ação da flora microbiana, a qual tem seu desenvolvimento afetado diretamente pelo tipo de carboidrato, pois os microrganismos ruminais apresentam especificidade quanto ao substrato que fermentam. Além disso, a taxa de fermentação dos carboidratos no rúmen altera as condições do ambiente ruminal, afetando diretamente o desenvolvimento dos microrganismos nele presentes. Os carboidratos não fibrosos apresentam alta taxa de fermentação, levando à redução do pH ruminal e influenciando o desenvolvimento da flora ruminal; já os carboidratos não fibrosos apresentam baixa taxa de fermentação e estimulam a ruminação, bem como a maior salivação do animal, o que auxilia no tamponamento do pH do rúmen. Por essa razão, o equilíbrio no fornecimento de carboidratos fibrosos e não fibrosos é importante para manter o ambiente ruminal estável. O principal produto da fermentação ruminal dos carboidratos são os ácidos graxos voláteis (AGVs), que são utilizados pelos ruminantes como sua principal fonte energética. (AU)
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