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Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

Anatomia foliar de forrageiras e a sua relação com o valor nutritivo

Basso, Kelen CristinaBarbero, Leandro Martins

Procedimentos adicionais no estudo de gramíneas são necessários para melhorar o desempenho animal nas regiões tropicais do Brasil, pois o aumento no consumo voluntário de forragem está relacionado ao volume de parede celular nas lâminas foliares, referentes aos tecidos vasculares, esclerênquima, células da bainha parenquimática dos feixes, que nas gramíneas C4 apresentam-se bem desenvolvidas e podem influenciar na acessibilidade dos microrganismos no rúmen. Soma-se a este fato as mudanças no valor nutritivo e na estrutura do pasto, que variam ao longo das estações do ano e podem estar correlacionadas a proporção e distribuição desses tecidos. Os tecidos se diferenciam na planta por diversos fatores, um deles é a presença ou não de parede celular secundária, outro fator importante é o arranjo que existe entre eles e que pode gerar barreiras aos microrganismos do rúmen, limitando a digestão. Por isso, é muito importante conhecer a anatomia das forrageiras, não apenas com o objetivo de adequar estratégias de manejo, tratamentos físicos e químicos, ajudar na seleção e melhoramento de forrageiras, mas também explicar as respostas obtidas com o desempenho animal, e este talvez seja o principal objetivo de se conhecer tais barreiras por meio do estudo da anatomia foliar. Esta revisão tem como objetivo expor algumas diferenças entre plantas de ciclo C3 e C4, com principal ênfase nas características anatômicas, avaliadas por meio da microscopia de luz e eletrônica, além de demonstrar a importância dos tecidos que constituem as lâminas foliares e suas funções específicas e relações com o valor nutritivo.(AU)

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