VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 117-122

Hérnia diafragmática congênita em cão. Relato de dois casos

Drumond, Karina OliveiraQuessada, Ana MariaSilva, Silvana Maria Medeiros de SousaCosta, Francisco Assis LimaLima, Wagner CostaFonseca, Luciano Santos daSilva, Lucilene dos Santos

O trabalho descreve dois casos de cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí. Os animais apresentavam intensa dispnéia e retração abdominal. Foi diagnosticada hérnia diafragmática por meio de radiografia tóraco-abdominal. No primeiro caso, o animal foi eutanasiado, pois era portador de leishmaniose visceral canina. A necropsia confirmou o diagnóstico de hérnia diafragmática. Durante o exame macroscópico, observou-se que parte das alças intestinais, omento, fígado e baço estavam localizados na cavidade torácica. O diafragma estava incompleto na porção ventral, sem qualquer sinal de traumatismo. O fígado preenchia o espaço aberto no diafragma. O pulmão direito estava com lobos atróficos. Devido à ausência de sinais de traumatismo à anamnese e necropsia, supõe-se que a hérnia era congênita. No segundo caso foi realizada herniorrafia, com sucesso. Na anamnese, o proprietário afirmou que não houve trauma, embora o cão apresentasse dificuldade respiratória desde filhote. Durante o procedimento cirúrgico foi observada a presença de alças intestinais, baço e fígado na cavidade torácica. O diafragma apresentava bordas com superfícies lisas, sem alterações circulatórias, indicando ausência de trauma. Estes sinais, associados às informações da anamnese, levaram a suspeita de hérnia congênita. Os casos foram considerados raros porque os animais conseguiram sobreviver durante anos. Além disso, no segundo caso o tratamento cirúrgico foi bem sucedido mesmo sem implante de membrana biológica.(AU)

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