Níveis de metais pesados em piramutabas (Brachyplatystoma vailantii) capturadas na Baía de Marajó e comercializadas no município de Belém/PA
Colino, E. CVPalheta, D. da CSaraiva, A. FCardoso, E. C
Vinte e duas amostras de musculatura de peixes da espécie Brachyplatystoma vailantii, popu¬larmente conhecida como piramutaba, capturadas na Baía de Marajó, foram analisadas através de Espectrometria por Emissão Ótica (ICP-OES) para determinação dos níveis de alumínio, chumbo, arsênio e manganês, e Espectroscopia de Absorção Atômica para a determinação de mercúrio total, objetivando subsidiar os órgãos de vigilância sanitária do Estado do Pará para a investigação e controle de possíveis causas da intoxicação por metais pesados adquiridos pelo hábito alimentar de consumo de pescado local. Não foram encontrados níveis significativos de chumbo e arsênio nas amostras analisadas, entretanto, as concentrações de alumínio e manganês foram consideradas elevadas, com valores variando entre 6,28 a 19,93 mg kg-1 e 0,17 a 1,30 mg kg-1, respectivamente. O mercúrio na musculatura do peixe apresentou-se abaixo dos limites estabelecidos pela legislação brasileira. Não houve correlação entre as variáveis comprimento e peso dos peixes e as concentrações dos metais. A investigação revelou a necessidade da realização de maiores estudos envolvendo o chumbo, o arsênio, o alumínio, o manganês e o mercúrio em outras espécies de peixes consumi¬dos, bem como o estabelecimento de padrões máximos de níveis permitidos para o alumínio e o manganês, de modo a não comprometer a saúde dos consumidores belenenses(AU)
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