Avaliação de pressão arterial em eqüinos com síndrome cólica
pos deBelli, Carla Bargi
A cólica eqüina, síndrome de alta ocorrência, vem acompanhada de desidratação e hipovolemia, devendo ser corrigida rapidamente. A avaliação da pressão arterial, embora não utilizada rotineira¬mente, é um bom indicador da condição cardiovascular e um parâmetro menos subjetivo a ser avaliado nesses pacientes. Este trabalho visou à mensuração da pressão arterial, através do método indireto na artéria coccígea, de eqüinos com síndrome cólica, antes e após a fluidoterapia, e sua comparação com grupos de animais submetidos e não ao estresse de transporte, sem alterações circulatórias. Nos animais com cólica, as avaliações foram realizadas antes, após metade do volume e ao fi nal da fluidoterapia. O estresse de transporte aumentou a pressão arterial dos animais, não havendo diferença em relação aos cavalos com cólica, provavelmente devido às alterações de hipovolemia neste último grupo. Quanto maior a desidratação dos cavalos com cólica, menor o valor da pressão arterial. Ao instituir a fluidoterapia, ocorre restabelecimento da pressão em eqüinos com baixos valores da mesma no início do atendimento. Já animais que possuem pressão arterial normal ou alta tendem a manter ou elevar discretamente a pressão. A maioria dos animais com cólica com baixa pressão arterial veio a óbito. Concluiu-se que o método utilizado é de fácil execução, principalmente para pressão sistólica, sendo a mesma de grande auxílio em casos de cólica, possuindo alta correlação inversa com desidratação. Valores muito baixos de pressão arterial em casos de cólica indicam mau prognóstico, não sendo possível determinar um valor de corte pelo pequeno número de animais analisados(AU)
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