Toxoplasmose ovina e equina: ocorrência de anticorpos em animais criados em centro de pesquisa na região do pantanal Sul Mato-Grossense, Brasil
Arruda, Igor FalcoCrispim, Cristiano GomesMillar, Patricia RiddellJuliano, Raquel SoaresNogueira, Márcia FurlanAraujo, Marcos Tadeu Borges DanielMarques-Santos, FabielleAmendoeira, Maria Regina Reis
A toxoplasmose é uma zoonose de distribuição mundial que acomete vertebrados homeotérmicos, incluindo o ser humano. Toxoplasma gondii, seu agente etiológico, é capaz de infectar seus hospedeiros por diversas vias de transmissão, dentre elas a ingestão de cistos teciduais, presente na carne crua ou malcozida, e a ingestão de oocistos, presentes na água e alimentos contaminados, sendo essas as principais rotas de infecção na cadeia epidemiológica da toxoplasmose. Neste sentido, a contaminação ambiental com oocistos esporulados apresenta-se como um importante fator de risco para a infecção toxoplásmica em animais herbívoros, como os equinos e ovinos. Enquanto os equinos mostram resistência à infecção e a manifestações de sinais clínicos da doença, em ovinos, a toxoplasmose pode ser responsável por importantes distúrbios reprodutivos como aborto e morte neonatal. Sendo assim, este estudo teve como objetivo pesquisar a presença de anticorpos específicos anti- T. gondii em equinos e ovinos criados na Fazenda Experimental Nhumirim, propriedade da Embrapa Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brasil. Para tanto foram coletadas amostras de soro de 101 equinos e 99 ovinos entre março de 2011 e maio de 2015. As amostras de soro foram enviadas para o Laboratório de Toxoplasmose e outras Protozooses, do Instituto Oswaldo Cruz, na Fundação Oswaldo Cruz/RJ. Os soros foram submetidos à reação de imunofluorescência indireta, sendo consideradas positivas as amostras sororreagentes a partir da diluição de 1:64 para ambas as espécies. Anticorpos anti-T. gondii foram detectados em 15% (15/99) dos ovinos e 10% (10/101) dos equinos. A ocorrência de anticorpos específicos anti-T. gondii nas amostras de soro desses animais, aponta para uma contaminação ambiental da propriedade, onde possivelmente, felídeos silvestres estariam atuando como dispersores do parasito...(AU)
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