Etiologia microbiana e perfil de resistência bacteriana in vitro em otites externas de cães: estudo retrospectivo em animais atendidos na rotina de hospital veterinário (2013 a 2020)
Ferraz, Carolina MagriMorais, Joyce Natachi SuaveLoureiro, BarbaraRodrigues, Jossiara AbranteVilela, Vinicius Longo RibeiroBicalho , Adriane Pimenta da Costa-ValHorta, Rodrigo dos SantosLangoni, HélioBraga, Fabio RibeiroTobias, Fernando Luiz
O objetivo deste trabalho foi identificar a etiologia microbiana e descrever o perfil de sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos em cães com otite externa atendidos em serviço hospitalar médico veterinário. Para isso, foram analisadas 559 amostras otológicas de cães com sinais clínicos de otite externa submetidas à cultura e antibiograma. Houve crescimento de microrganismos em 93,6% (523/559) das amostras, sendo que em 88,5% (463/523) houve crescimento de bactérias, 5,7% (30/523) crescimento de leveduras e 5,7% (30/523) infecções mistas. Foram obtidas 702 cepas, sendo Staphylococcus spp. 55,1% (387/702), Pseudomonas spp. 11,8% (83/702) e Proteus mirabilis 9,8% (69/702) os agentes bacterianos mais isolados. Dentre as leveduras, Malassezia pachydermatis 10,3% (54/523) foi a mais freqüente. Em relação aos resultados do perfil de sensibilidade das bactérias aos antimicrobianos, observou-se que as bactérias Gram-positivas Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. apresentaram maior sensibilidade a amoxicilina + ácido clavulânico, com 92,5% e 100% das cepas sensíveis. Já as bactérias Gram-negativas Pseudomonas spp., P. mirabilis e Escherichia coli, apresentaram sensibilidade superior a 90% a tobramicina. Dentre todos os agentes bacterianos, Pseudomonas spp. foi o que demonstrou as maiores taxas de resistência frente a amoxicilina + ácido clavulânico (6,2%), cefalexina (7,4%) e...(AU)
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