Uso de antimicrobianos na suinocultura: indicações e restrições
Stella, Ariel EuridesOliveira, Angélica Franco deMoreira, Cecília NunesViali, Kevin Guilherme
Os antimicrobianos são utilizados na produção animal desde a década de 60, na suinocultura de quatro maneiras diferentes: como promotores de crescimento, profiláticos, metafiláticos e terapêuticos. O uso indiscriminado, aliado a subdosagens, classes erradas e destino inadequado de resíduos representam problema não só para produtores e trabalhadores da área, mas para a saúde pública e ambiental. Acredita-se que alternativas como a vigilância e o diagnóstico de uso na produção animal, bem como o levantamento e a promoção de um banco de dados para caracterizar, determinar ou restringir seu uso, podem reduzir a pressão de seleção para isolados resistentes e a incidência de genes de resistência. Algumas alternativas para a diminuição do uso de antimicrobianos estão ligadas a qualidade sanitária dos rebanhos, englobando aspectos como biosseguridade, utilização de programa vacinal completo e promoção do bem-estar dos animais. Muitos países e organizações também estão promovendo políticas de controle do uso dessas substâncias na produção animal. A utilização de antimicrobianos na suinocultura tende a ser reduzida com base em campanhas de conscientização e treinamento dos produtores, alertando para o uso racional dos fármacos visando combater a resistência bacteriana e maximizando a eficiência terapêutica. Esta revisão busca elucidar as principais bases de uso de antimicrobianos na suinocultura brasileira, bem como seus possíveis impactos, restrições e alternativas.(AU)
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