Instabilidade atlantoaxial em cães: fisiopatologia, abordagens clínico-cirúrgicas e prognóstico
Zani, Carolina CamargoMarinho, Paulo Vinícius TertulianoMinto, Bruno WatanabeLima, Tiago BarbalhoMoraes, Paola CastroLaus, José Luiz
A instabilidade da articulação atlantoaxial é uma afecção comum entre cães de raça de pequeno porte, e os sinais clínicos desenvolvem-se com menos de dois anos de idade, geralmente são progressivos e o paciente apresenta hiperestesia cervical, ataxia proprioceptiva, e em casos severos tetraplegia. A instabilidade pode gerar subluxação dorsal do axis em relação ao atlas, levando a uma lesão medular em diferentes níveis. Alterações congênitas, como ausência ou hipoplasia do processo odontóide e ligamentos, ou traumáticas, como fraturas do processo odontóide e ruptura dos ligamentos estão envolvidas na fisiopatologia da afecção. O diagnóstico pode ser realizado com auxílio de radiografias lateral e ventrodorsal com a região craniocervical em posição neutra. O tratamento clínico é a escolha primária e faz-se o uso de colar cervical por três meses, confinamento e corticosteróides. Exceção a este tratamento são pacientes com apresentação clínica severa ou refratários ao tratamento conservativo, nestes casos indica-se a cirurgia para estabilização através de abordagens ventrais ou dorsais. Observou-se que as técnicas cirúrgicas ventrais apresentam maiores índices de sucesso e menores recorrências de recidivas, contudo, as estabilizações cirúrgicas continuam a ser um desafio pela elevada taxa de complicações e óbitos transoperatórios.(AU)
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