VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

PARASITISMO POR CARRAPATOS EM ANUROS NO BRASIL. REVISÃO

Ribeiro Luz e Luiz Horácio Faccini, Hermes

RESUMO Vários endo e ectoparasitas já foram registrados em anuros: bactérias, fungos, protozoários, helmintos e artrópodes. Contudo, apesar do grande numero de espécies de carrapatos existentes, apenas seis foram registradas parasitando anuros do gênero Rhinella no Brasil, sendo Amblyomma dissimile e Amblyomma rotundatum as mais comuns. Ambas espécies apresentam três estágios no desenvolvimento de seu ciclo vital ( larva, ninfa e adulto), sendo que todos são ativos e dependem do repasto sanguíneo para desempenho pleno de suas funções biológicas. Existem diversos grupos de ectoparasitas de anfíbios atuando como vetores de agente infecciosos: Sanguessugas (Batracobdella picta) transmitindo tripanosomas para R. clamitans, R. catesbeiana e R. setentrionales, Hyla crucifer, R. americanus, R. sylvatica e Plethodon Cinereus. Mosquitos do gênero Phlebotomus transmitindo tripanossomas em rãs na china e o carrapato A. rotundatum transmitindo Hemolivia e Hepatozon. A. dissimile é vetor Hepatozoon fusifex. Além dos protozoários, há relatos também da infecção por Rickettsia belli em ambas espécies A. rotundatum e A. humerale. Os carrapatos podem causar lesões nos sapos durante o repasto sanguíneo resultando no aparecimento de lesões ulcerativas e hemorragias.

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