VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 80-82

DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE AFACIA CONGÊNITA EM UM CÃO - RELATO DE CASO

ielDanielDanielDanielDanielRodrigues Froes, TildeMedina Teixeira, KarenCristina de Souza, AndressaOlbertz, LetíciaWerner, JulianaMontiani Ferreira, Fabiano

Afacia é descrita como a ausência completa da lente no bulbo ocular, e pode ser resultante da remoção cirúrgica da mesma, de uma lesão perfurante ou úlcera, ou ainda, mais raramente, devido a uma anomalia congênita (1). Em seres humanos, a afacia congênita é considerada uma alteração rara e de caráter genético, e geralmente está associada à consanguinidade (1,2,3,4). Na literatura médica-veterinária, existem relatos de displasia congênita do segmento anterior do olho em cães, gatos e cavalos (5,6,7), porém há apenas um relato de afacia congênita em cães, estando esta associada a múltiplos outros defeitos oculares e hidrocefalia em uma ninhada de cães da raça São Bernardo (8). Há também um relato de afacia congênita bilateral em um potro, associada à coristomas glandulares intraoculares, displasia de retina e hipoplasia do nervo óptico (9). O exame ultrassonográfico é uma ferramenta essencial na oftalmologia veterinária por ser uma técnica segura e não invasiva que permite a avaliação de estruturas intraoculares e retrobulbares sem a necessidade de sedação ou anestesia. Trata-se de técnica de diagnóstico auxiliar especialmente indicada quando há opacificação dos meios transparentes do bulbo ocular (córnea, humor aquoso, lente e corpo vítreo). Pelo exame é possível determinar variações no tamanho, forma, posição do olho e estruturas intraoculares (10,11).

Texto completo