Parâmetros de fermentação in vitro de palha de braquiária e subprodutos amiláceos
Braga, Bruna CardosoVieira, Ricardo Augusto MendonçaVilela, Severino Delmar JunqueiraGomes, Raphael dos SantosMartins, Paulo Gustavo Macedo de AlmeidaLeonel, Fernando de Paula
Nosso objetivo foi caracterizar a cinética de degradação de resíduos agroindustriais fibrosos e amiláceos que podem ser utilizados na alimentação de ruminantes. Foram avaliados feno de palha de braquiária não processado (UBH), feno de palha de braquiária processado (briquetagem) (PBH), um subproduto amiláceo do processamento de batata (SBP) e fécula de mandioca (CST). Duas dietas foram formuladas: uma incluindo UBH e CST (UBH-CST); e o outro PBH e SBP (PBH-SBP). Para o estudo da cinética de degradação, foi utilizada a técnica de fermentação de produção cumulativa de gás in vitro, na qual o modelo Monomolecular-G3G1 de dois compartimentos forneceu um ajuste mais provável. Os volumes cumulativos de gás produzidos foram 23,2 (UBH), 29,6 (PBH), 39,1 (SBP), 36,6 (CST), 27,9 (UBH-CST) e 28,5 (PBH-SBP) mL por 0,1 g de matéria seca. Os alimentos amiláceos apresentaram fermentação mais intensa nas primeiras horas (K1=1,050 e 0,627, para CST e SBP, respectivamente). Essa fermentação ágil ocorre porque se trata de um alimento solúvel e/ou rapidamente degradável que contém uma quantidade muito pequena de matéria fibrosa. Já para os alimentos fibrosos, UBH e PBH, a fermentação ocorreu mais lentamente nas primeiras horas (K1=0,212 e 0,121, para UBH e PBH, respectivamente), liberando menos gases. Como a fibra tem uma parte lentamente degradável e insolúvel, a fase assintótica demora mais para ser alcançada. Já as dietas apresentaram fermentação intermediária às dos alimentos amiláceos e fibrosos (K1=0,141 e 0,127, para UBH-CST e PBH-SBP, respectivamente), o que acompanhou fielmente o perfil de produção de gases de seus ingredientes. Ambas as dietas apresentaram menores valores de k1 e maiores valores de k2 quando comparadas à silagem de milho. A caracterização dos resíduos agroindustriais, por meio da técnica de produção cumulativa de gases in vitro, confirma a real possibilidade de utilização dos subprodutos estudados na alimentação de ruminantes.(AU)
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