Distribuição de moscas brancas e interação com endosimbiontes no Estado do Paraná
Tomaz, Juarez PiresCobianchi, João Vitor LiachiLima, Luíza SalesOliveira, Luciano Mendes deHoshino, Adriano ThibesAndrocioli, Humberto Godoy
As moscas brancas formam um complexo de espécies crípticas que são geneticamente distintas, mas morfologicamente indistinguíveis umas das outras. Bemisia tabaci e Trialeurodes vaporariorum (Tvap) são as espécies que mais se destacam pelos prejuízos à agricultura. No Brasil, foram descritas três espécies de B. tabaci, New Word (NW), Middle East-Asia Minor (MEAM1) e Mediterranean (MED). Além disso, as moscas brancas apresentam associações simbióticas com bactérias endossimbiontes que podem promover vantagens adaptativas ao inseto. O objetivo deste trabalho foi identificar espécies/biótipos de mosca-branca em municípios do Paraná e suas respectivas interações com bactérias endossimbiontes. Os insetos foram coletados em 14 municípios de regiões edafoclimáticas do Paraná, em cultivos agrícolas ou plantas daninhas. Os insetos e respectivos endossimbiontes foram identificados por meio de análises moleculares baseadas em PCR previamente publicadas. Observou-se que B. tabaci MEAM1, MED, NW e Tvap representaram 39,8%; 27,0%; 6,3% e 23,7% dos espécimes coletados. Os insetos apresentaram interação com Portiera, Arsenophonus, Rickettsia, Hamiltonella e Wolbachia, de forma isolada ou em coinfecção, constatando-se para alguns casos a interação com cinco endossimbiontes em algumas localidades. A incidência de Tvap em campo aberto e de MED, principalmente no Sudeste do estado, onde as temperaturas são mais amenas, além das interações com endossimbiontes que conferem aos insetos vantagens adaptativas configura um alerta fitossanitário para a defesa do Paraná.(AU)
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