VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3813-3824

Resistência a múltiplos antimicrobianos em Escherichia coli shigatoxigênica (STEC) isoladas de frangos de corte ao abate

Ornellas, Rodrigo PachecoLopes, Hugo PeralvaBaptista, Daniela de QueirozDias, Thomas SallesFigueira, Arthur de AlmeidaCosta, Gisllany AlvesMachado, Leandro dos SantosCunha, Nathalie Costa daPereira, Virginia Léo de AlmeidaAbreu, Dayse Lima da Costa

Frangos de corte e seus produtos são importantes componentes na cadeia de transmissão de Escherichia coli do patotipo Shigatoxigênico (STEC) para humanos. Este patotipo é responsável por causar episódios de diarréia severos, que podem evoluir para complicações sistêmicas. O diagnóstico rápido e preciso da doença, e o tratamento com antimicrobianos ainda no início da infecção, podem evitar seu agravamento. Porém, cepas resistentes a múltiplos antimicrobianos podem ter implicações potencialmente negativas em relação ao sucesso do tratamento. Neste contexto, este estudo teve como objetivo isolar e identificar cepas STEC resistentes a múltiplos antimicrobianos em frangos de corte e carcaças. Das 171 cepas de E. coli isoladas pelo método bacteriológico convencional, e submetidas à Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), para detecção dos genes stx1 e stx2, 21.05% (36/171) pertenciam ao patotipo STEC, a maioria (66.67% - 24/36) portando o gene stx1 associado ao gene eae. O perfil de multirresistência foi observado em 75% (27/36) das cepas STEC. A presença de cepas STEC no material estudado reforça o fato de que frangos vivos e carcaças devem ser considerados como reservatórios deste patotipo. A presença de cepas resistentes a múltiplos antimicrobianos, contaminando produtos de origem animal, representa um risco à Saúde Pública pela possibilidade de disseminação de determinantes de multirresistência e maior risco de insucesso no tratamento de indivíduos infectados.(AU)

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