Efeitos cardiorrespiratórios e hemogasométricos da cetamina e suas associações com morfina e xilazina por via epidural em ovinos
Leite, Ceci RibeiroAscoli, Fabio OteroOliveira, Juliana deFernandes, Daniel Andrews de MouraFonseca, Jeferson Ferreira daBrandão, Felipe Zandonadi
Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos cardiorrespiratórios e hemogasométricos da cetamina peridural e suas associações com morfina e xilazina em ovelhas submetidas à manipulação uterina por via transcervical. Foram estudadas dez ovelhas da raça Santa Inês. Três protocolos epidurais foram avaliados: (GK = cetamina 2,0 mg kg−1, GKM = cetamina 2,0 mg kg−1 + morfina 0,1 mg kg−1, GKX = cetamina 2,0 mg kg−1 + xilazina 0,05 mg kg−1). Os três protocolos foram comparados entre si e com um tratamento controle (GS = solução salina 1 mL/7,5kg). As variáveis avaliadas foram frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura auricular, pressão arterial não-invasiva além da análise hemogasométrica. Todos os parâmetros foram avaliados no momento basal e em seguida as ovelhas foram sedadas com associação de acepromazina (0,1 mg kg−1) e diazepam (0,2 mg kg−1). Dez minutos após a sedação, todos os parâmetros foram novamente avaliados e foram realizadas as injeções peridurais. A hemogasometria foi repetida aos 15 e 30 minutos após a peridural e os outros parâmetros avaliados aos 05, 15, 30, 45, e 60 minutos após a peridural. O GKX mostrou sinais de hipoxemia com menores níveis de pO2 e um aumento compensatório na frequência respiratória. O GKM apresentou a média de temperatura mais baixa. Todos os protocolos apresentaram poucos efeitos cardiorrespiratórios em relação ao controle. O protocolo epidural com 2,0 mg kg−1 de cetamina foi considerado a melhor opção para procedimentos curtos como manipulações obstétricas em ovinos devido à estabilidade cardiorrespiratória quando comparado com os protocolos que utilizaram associações.(AU)
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