Atividade antimicrobiana da bothropstoxin-i em frangos de corte
Silveira, Ana Carolina PortellaGimenes, Sarah Natalie CiriloBarbaresco, Luiz FernandoCarvalho, Camila PerdonciniBueno, João Paulo RodriguesGuimarães, Ednaldo CarvalhoFreitas, Paulo Fernando Alves deNascimento, Mara Regina Bueno de MattosAntunes, Robson CarlosÁvila, Veridiana de Melo Rodrigues
A resistência bacteriana é uma questão sanitária, explicada pelo uso indiscriminado de medicamentos sem receita médica e pelo uso de antimicrobianos na produção de alimentos para promover o crescimento. Bothropstoxin-I (BthTx-I) é uma fosfolipase A2 (PLA2) obtida do veneno da Bothrops jararacussu. A PLA2 do veneno de cobra tem efeito antimicrobiano conhecido. Objetivou-se com este estudo avaliar sem precedentes a atividade antimicrobiana in vivo de BthTx-I em frangos de corte. Os parâmetros microbiológicos, bioquímicos e histológicos foram realizados em 84 frangos de corte com 21 dias de idade mantidos em gaiolas com quatro animais cada e densidade de 625 cm2/frango. O experimento foi dividido em três tratamentos com sete repetições de quatro frangos cada um, com duração de sete dias. Os tratamentos foram: 1) dieta com bacitracina de zinco; 2) PLA2-BthTx-I; 3) sem aditivos. Os dados obtidos das variáveis estudadas foram submetidos à análise de variância e teste F ao nível de significância de 5%. As médias dos tratamentos em cada variável foram comparadas pelo teste de Tukey. A contagem cloacal bacteriana de frangos de corte mostrou que o BthTx-I diminuiu a população microbiana sem comprometer o peso corporal, a morfologia intestinal ou causar danos histopatológico no fígado e rins. Concluiu-se que a toxina apresentou atividade in vivo, sendo uma alternativa para um melhor desempenho na produção de frangos de corte, pois agiu diminuindo a carga microbiana de bactérias potencialmente patogênicas na microbiota intestinal das aves e não causou danos musculares, hepáticos ou renais na dosagem avaliada.(AU)
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