Perfil respiratório e histopatologia das brânquias de Carassius auratus expostas a diferentes concentrações de salinidades
Silva, Weliton Vilhalba daZiemniczak, Henrique MomoBacha, Flávia BarbieriFernandes, Rudã Brandão SantosFujimoto, Rodrigo YudiSousa, Rebeca MariaSaturnino, Klaus CasaroHonorato, Claucia Aparecida
O objetivo deste estudo foi avaliar a tolerância crônica de Carassius auratus à salinidade e os efeitos sobre os parâmetros sanguíneos, morfologia branquial e sobrevivência. No primeiro teste, foram utilizadas nove concentrações de NaCl (0.0, 0.5, 1.0, 2.5, 5.0, 10, 15, 20, e 25 g L-¹) e nove repetições por 96 h. A sobrevivência dos peixes submetidos a até 15 g L-¹ de NaCl foi de 04h00, sendo 00h05 na concentração de 25 g L-¹ de NaCl. A mortalidade dos peixes com 15 g foi de 100%. As análises morfológicas das brânquias mostraram hiperplasia das células revestidas no espaço interlamelar e hipersecreção de muco em peixes expostos a uma concentração de 10 g L-¹ de NaCl. Nas concentrações de 20 e 25 g L-¹, observou-se que a colágeno de suporte perdeu a estrutura das células da mucosa, alterando as lamelas secundárias. Em um segundo experimento, um delineamento inteiramente casualizado foi utilizado com dois tratamentos (0 e 5g L-¹ de NaCl) e quatro repetições com nove peixes por 30 L em 21 dias. Amostras de sangue e brânquias dos peixes foram coletadas e observou-se que os peixes apresentaram diminuição nas concentrações de bicarbonato (NaHCO3) no sangue, indicando hipernatremia. Conclui-se que a exposição aguda de C. auratus ao cloreto de sódio (NaCl) deve ser de no máximo 10 g L-¹, levando à perda de desempenho e/ou mortalidade dos animais. A exposição crônica a 5 g L-¹ de NaCl promove acidemia, desequilíbrio iônico e alterações patológicas nas brânquias, por isso não é recomendado.(AU)
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