VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2867-2875

Ocorrência de Lawsonia intracellularis em equinos criados em três regiões do estado do Paraná, Brasil

Caleffo, TatianeDahm, ViniciusSantos, Jéssica Gonçalves dosCheng Arthur ColombariFaccin, MayaneMatos, Monica Regina deCavasin, João PedroGabardo, Michelle de PaulaGuedes, Roberto Mauricio CarvalhoViott, Aline de Marco

Lawsonia intracellularis é uma bactéria já descrita em várias espécies, sendo mais comum em suínos, ocasionando problemas entéricos nesses animais. Dentre estes, equinos podem ser acometidos, levando à uma doença conhecida como Enteropatia Proliferativa Equina que é decorrente da proliferação das células da cripta intestinal em reação à infecção pela bactéria. Apesar de existirem relatos da doença em diversos países, inclusive no Brasil, no estado do Paraná ainda não se tem relatos da doença e estudos epidemiológicos da ocorrência em equinos sintomáticos ou assintomáticos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência de L. intracellularis em equinos assintomáticos criados nas regiões Oeste, Noroeste e Norte do estado do Paraná através de sorologia e qPCR. Para a sorologia, utilizou-se a técnica da Imunoperoxidase em Monocamadas (IPMA). As fezes foram processadas e submetidas à técnica de Reação em Cadeia pela Polimerase em Tempo Real (qPCR). Ao todo, foram coletadas amostras de 162 animais de 20 propriedades. Destas, 9/162 (5,55%) apresentaram anticorpos específicos contra L. intracellularis. Já a qPCR, identificou 7/162 (4,32%) amostras de fezes positivas para a presença da bactéria. Ao se comparar as técnicas, nenhuma amostra foi positiva em ambas, demonstrando que, para um melhor diagnóstico, as mesmas devem ser realizadas em conjunto. Em contraste à grande parte dos relatos em equinos, o presente estudo encontrou uma maior ocorrência sorológica e molecular em animais com mais de dois anos de idade. Esses resultados são de grande relevância epidemiológica, pois indicam que a bactéria está presente nas regiões amostradas do estado do Paraná, levando à necessidade de incluir a doença no diagnóstico diferencial de enfermidades que cursam com manifestações clínicas semelhantes.(AU)

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