Utilização de Duddingtonia flagrans no controle dos nematódeos gastrintestinais de caprinos mantidos em confinamento
Vilela, Vinícius Longo RibeiroFeitosa, Thais FerreiraBraga, Fabio RibeiroSantos, Antonielson dosBezerra, Roberto AlvesSilva, Gabriela Lucena LongoAthayde, Ana Célia RodriguesAraújo, Jackson Victor de
Objetivou-se avaliar a utilização da formulação peletizada em matriz de alginato de sódio de Duddingtonia flagrans no controle biológico das nematodeoses gastrintestinais de caprinos mantidos em confinamento no semiárido do Nordeste brasileiro. Foram utilizados 20 caprinos da raça Saanen, fêmeas, com quatro meses de idade, média de peso de 12 kg, sem tratamento anti-helmíntico prévio e com contagem de ovos por grama de fezes (OPG) ≥ 500. Os animais foram divididos em dois grupos: grupo 1, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes (0,6 g de micélio fúngico de D. flagrans) para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante quatro meses; grupo 2, cada animal recebeu na ração 3 g de péletes sem fungos para cada 10 kg de peso vivo, duas vezes por semana, durante quatro meses, servindo como grupo controle. Cada grupo permaneceu em uma baia de 15 m2. Foram realizadas contagens de OPG, determinação de volume globular (VG), coproculturas e pesagem dos animais a cada 15 dias. Observaram-se baixos valores de OPG no grupo D. flagrans durante todo o experimento, com diferença significativa (p < 0,05) no dia 30 e a partir do dia 60, tendo, ao final do experimento, valores médios de OPG de apenas 150. No grupo Controle, a contagem final foi de 1950 OPG. Haemonchus sp. foi o gênero de helminto mais prevalente em todas as coproculturas. O grupo D. flagrans apresentou média de ganho de peso de 8,8 kg ao final do experimento e o grupo Controle, 4,8 kg (p < 0,05). Também foram observados os melhores índices de VG (p < 0,05) no grupo D. flagrans a partir do dia 30. Concluiu-se que a utilização de péletes em matriz de alginato de sódio de D. flagrans foi eficaz no controle das nematodeoses gastrintestinais de caprinos mantidos em confinamento no semiárido do Nordeste brasileiro.(AU)
Texto completo