Leptospirose em capivaras de vida livre (Hydrochaeris hydrochaeris) de um campus universitário na cidade de Araras em São Paulo, Brasil
Gonçalves, Daniela DibLopes, Karoline Franciane CardosoChiderolli, Roberta TorresSampieri, Bruno RodriguesRocha, Vlamir JoséPachaly, José RicardoSantos, Isabela Carvalho dosBarbosa, Lidiane NunesMota, Edinalva AlmeidaPereira, Ulisses de Pádua
A capivara (Hydrochaeris hydrochaeris, L., 1766) é o maior roedor existente, pertencente a ordem Rodentia e família Hydrichaeridae. Esta espécie animal por ser sinantrópica pode ser transmissora de diferentes enfermidades infecto-parasitárias para animais e também para o homem. Entre as enfermidades, destaca-se a leptospirose, doença infecciosa cosmopolita com elevada prevalência em regiões tropicais e subtropicais que pode acometer o homem e outros animais domésticos e silvestres. Devido à ausência de dados regionais e a importância desta espécie animal para a saúde única o objetivo deste trabalho foi detectar DNA e anticorpos anti-Leptospira spp. em capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris) de vida livre provenientes de um campus universitário da cidade de Araras em São Paulo, Brasil. Foram capturadas 31 capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris), as quais passaram por coletas de sangue, onde os soros colhidos foram analisados mediante a técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM). Para a detecção de DNA de Leptospira spp., as amostras de soro foram submetidas a extração de DNA e esses submetidos à técnica de nested-PCR. Das 31 amostras de soro, 29 (93,55%) foram reagentes na SAM com títulos variando de 25 a 400. Em 26 (89,65%) amostras foi possível identificar o anticorpo contra o sorovar mais provável sendo: Grippotyphosa (69,23%), Autumnalis (26,92%) e Bratislava (3,85%) e em uma amostra de soro (3,22%) evidenciou-se a presença de leptospiras através da nested-PCR. Este estudo evidenciou a presença de DNA e anticorpos anti-Leptospira spp. em capivara de vida livre, caracterizando estes animais como possíveis portadores e disseminadores do agente etiológico no ambiente, permitindo a infecção de outros animais e também de visitantes do campus.(AU)
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