Coinoculação de Bradyrhizobium japonicum e Azospirillum brasilense na qualidade fisiológica de sementes de soja
Libório Paloma Helena da SilvaBárbaro-Torneli, Ivana MarinoNogueira, Marco AntonioUnêda-Trevisoli, Sandra Helena
O sucesso da cultura da soja depende da qualidade fisiológica das sementes, a qual pode ser favorecida por microrganismos benéficos, mas prejudicada por fatores ambientais desfavoráveis. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da coinoculação com Bradyrhizobium japonicum e Azospirillum brasilense na qualidade fisiológica de sementes de soja obtidas na safra 2017/2018, em ensaio de campo com23 cultivares, submetidas à coinoculação via sulco de semeadura ou mantidas sem coinoculação. As plantas foram avaliadas quanto à nodulação em R1 e, após a colheita (R8), determinaram-se os teores de proteínas, massa de mil sementes e a qualidade fisiológica das sementes [Germinação, emergência em areia e índice de velocidade de emergência (IVE)]. Na média das cultivares, o número de nódulos aumentou de 36,9 no controle para 44,4 nódulos por planta com a coinoculação. Os aumentos nos teores de proteínas e na massa de mil sementes devido à coinoculação foram de 5,6% e 34,7%, respectivamente. As sementes das plantas coinoculadas apresentaram maior germinação na primeira contagem (50,0%vs. 45,3%) e na final (87,0% vs. 79,8%), além de maior taxa de emergência de plântulas em caixa de areia (83,3% vs. 80,0%) e maior IVE (18,5 vs. 17,4). Os benefícios da coinoculação foram observados em 17 das 23 das cultivares (74%), em pelo menos duas das sete variáveis avaliadas. Considerando apenas o critério de germinação mínima de 80%, as sementes de 10 cultivares não inoculadas não serviriam para uso, enquanto que para as coinoculadas esse número caiu para quatro.(AU)
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