VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3069-3078

A higienização de agulhas diminui a ocorrência de abscessos pós-vacinais em bovinos

Silva, Danilo ConradoGoulart, Camila França de Paula OrlandoQueiroz, Paulo José BastosSilva, Wanessa Patrícia Rodrigues daNeves, Lucianne CardosoArnhold, EmmanuelBorges, Naida CristinaSilva, Luiz Antônio Franco da

Embora a vacinação seja indispensável para a exploração animal, a utilização de agulhas não higienizadas pode ocasionar abscessos pós-vacinais e, consequentemente, provocar perdas de produtos cárneos e elevação do custo de produção. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência da higienização de agulhas na prevenção de abscessos pós-vacinais em bovinos, estimar as perdas econômicas ocasionadas pelos abscessos pós-vacinais e verificar se os produtores rurais higienizam as agulhas utilizadas na vacinação. Quatro grupos contendo 120 bovinos foram vacinados contra febre aftosa. Os grupos GI, GII e GIII foram vacinados utilizando-se agulhas que foram higienizadas por diferentes métodos, enquanto o grupo GIV serviu como controle. Seis meses após a vacinação, foram realizados exames ultrassonográficos e quantificados os abscessos. Posteriormente, os bovinos foram abatidos, quantificaram-se as perdas de carcaças devido à presença dos abscessos e as perdas econômicas foram calculadas. Nos frigoríficos, 100 proprietários rurais foram entrevistados sobre a adoção de higienização de agulhas para vacinas e a quantidade de bovinos que estavam abatendo. As quantidades de abscessos diagnosticados por grupo foram: GI (n = 3; 2,5%); GII (n = 5; 4,2%); GIII (n = 4; 3,3%); e GIV (n = 11; 9,2%). As ocorrências de abscessos em GI, GII e GIII não se diferiram estatisticamente, porém estas ocorrências foram estatisticamente menores que a ocorrência em GIV. As perdas econômicas decorrentes da presença de abscessos nas carcaças variaram entre R$ 0,12 e R$ 0,31 por animal do rebanho cujas agulhas foram higienizadas ou não higienizadas, respectivamente. Apenas 13% dos produtores entrevistados realizavam algum método de higienização de agulhas para vacinação. 78,8% dos bovinos abatidos por estes produtores foram vacinados com agulhas sem nenhum método de higienização...(AU)

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