VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1867-1878

Caracterização da linfadenite caseosa em caprinos abatidos no semiárido brasileiro

Barnabé, Nathanael Natércio da CostaSilva, José Dêvede daViana, Maira PortoBarreto, Newcelia PaivaAndrade, Évyla Layssa GonçalvesFaria, Pedro Jorge Álvares deGomes, Albério Antonio de BarrosHigino, Severino Silvano dos SantosAzevedo, Sérgio SantosAlves, Clebert José

No Nordeste do Brasil a caprinocultura desempenha importante função socioeconômica e estratégica na convivência em região semiárida. A boa adaptação ao clima somado a rusticidade da espécie são algumas das caraterísticas que favorecem o Nordeste como maior produtor nacional (93% do efetivo). Apesar dessa condição, deficiências sanitárias proporcionam surgimento e difusão de agentes patogênicos que comprometem a produtividade, destacando-se o Corynebacterium pseudotuberculosis, difundido no rebanho nacional e que gera prejuízos à atividade. O objetivo deste estudo foi caracterizar a Linfadenite Caseosa (LC) na caprinocultura de corte em abatedouro do semiárido. Desenvolveu-se a pesquisa entre março e agosto 2017 no Abatedouro Municipal de Patos, Estado da Paraíba, Brasil, onde ocorre abate de caprídeos provenientes desta região geográfica intermediária. Foram estudados 304 animais sem padrão racial definido, ambos os sexos, caracterizados conforme faixa etária evidenciada pelos dentes, submetidos a exames ante e post mortem com confirmação microbiológica. Processou-se material caseoso dos doentes; para confirmação de diagnóstico se empregou a técnica de isolamento e identificação microbiológica (padrão ouro). O exame bacteriológico confirmou presença do agente em 21.38% dos animais. As fêmeas representaram 13.16% dos doentes, enquanto os machos, 8.22%. Dos acometidos, 11.51% apresentaram a forma clínica, enquanto 9.87% a subclínica; 1.31% tiveram simultaneamente forma clínica e comprometimento interno. Os linfonodos pré-crurais 25.71%, mamários 11.43% e pré-escapulares 11.43% foram mais afetados; internamente, fígado 63.33%, pulmão 13.33% e linfonodo do mediastino médio 10%.[...](AU)

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