Produção e qualidade nutricional de couve-de-folha com adubação mineral e orgânica
Steiner, FábioZuffo, Alan MarioEcher, Márcia de MoraesGuimarães, Vandeir Francisco
Foi realizado um estudo para avaliar o efeito da aplicação de esterco e fertilizante mineral na produção e na qualidade nutricional de couve (Brassica oleracea var. acephala, cv. couve-manteiga). As plantas de couve foram cultivadas em vasos de 4 L preenchidos com um solo argiloso em condições de casa-de-vegetação. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e os tratamentos em um arranjo fatorial 3 × 4: três fontes de N (dejetos de suínos, esterco de aves e ureia) e quatro doses de N (0, 100, 200 e 300 mg kg-1), com quatro repetições. As folhas de couve foram colhidas 70 dias após o plantio das mudas. A aplicação de esterco (dejetos de suínos ou esterco de aves) resultou em rendimento de couve equivalente à aplicação de fertilizante mineral, indicando que o requerimento de nutrientes das plantas foram totalmente atendidos pela aplicação de esterco animal. No entanto, a aplicação de dejetos de suínos resultou no aumento das concentrações de Fe, Mn, Zn, Cd, Cr e Pb nas folhas. A aplicação de N até a dose de 300 mg kg-1 indicou maior rendimento e melhor qualidade nutricional das folhas de couve. A aplicação de taxas elevadas de esterco, especialmente de dejeto suíno, implica no aumento da concentração de metais pesados nas folhas de couve. No entanto, as concentrações máximas obtidas de 0,042 mg kg-1 de Cd, 0,034 mg kg-1 de Cr e 0,030 mg kg-1 de Pb são muito inferiores ao limite máximo de consumo diário estabelecido pela legislação brasileira, indicando que o consumo de couve-de-folha oriunda dos sistemas de produção orgânicos com a aplicação de esterco animal pode ser considerado seguro e sem risco para a saúde humana.(AU)
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