VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1379-1392

Déficit hídrico e pH na germinação de semente e no desenvolvimento de plântula de Cereus jamacaru

Ortiz, Thiago AlbertoUrbano, Mariana RagassiTakahashi, Lúcia Sadayo Assari

A falta de água e a acidez do solo já são problemas enfrentados em várias regiões do planeta. Por esta razão, torna-se imprescindível estimar ambos fatores no processo de germinação de semente e no desenvolvimento de plântula, a fim de determinar a adaptabilidade das espécies às mudanças das condições ambientais. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do déficit hídrico e do pH no processo germinativo e no desenvolvimento de plântula de Cereus jamacaru. Para o estudo, utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 6 × 7, correspondente a seis valores de potencial osmótico (0,0; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e -1,0 MPa), induzidos por PEG 6000, e sete níveis de pH (3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), com quatro repetições. As variáveis analisadas foram germinação (G), índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG), plântula normal (PN), comprimento de raiz (CR), comprimento de parte aérea (CPA), comprimento de plântula (CP) e massa seca de plântula (MSP). A análise estatística incluiu análise de variância e modelos binomiais (G e PN), modelos de regressão com termos quadráticos (IVG e TMG), e método de superfície de resposta (CPA e CP) para as variáveis com pelo menos um fator significativo (p < 0.05). A espécie C. jamacaru mostrou-se suscetível ao déficit hídrico em ambos os estágios fisiológicos: germinação de semente e desenvolvimento de plântula; dado o fato da redução da G, IVG, PN, CPA e CP em potenciais osmóticos inferiores a 0,0 MPa. O pH em interação com o potencial osmótico afetou o desenvolvimento de plântula de C. jamacaru. O aumento do pH foi favorável para o desenvolvimento de plântula, porém foi indiferente para a germinação de semente.(AU)

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