VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1023-1032

Germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de Simira gardneriana M.R. Barbosa & Peixoto (Rubiaceae) em diferentes temperaturas e níveis de salinidade

Oliveira, Fabrícia Nascimento deCastro, Thiago Hadady da SilvaTorres, Salvador BarrosNogueira, Narjara WalessaFreitas, Rômulo Magno Oliveira de

Simira gardneriana M.R. Barbosa & Peixoto (Rubiaceae), é uma espécie exclusiva do bioma Caatinga, utilizada como forrageira, e a madeira usada para lenha e estacas na construção de cercas. Espécies desse bioma são submetidas, constantemente, a estresses abióticos, entre eles o salino e o térmico. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito da salinidade da água de irrigação na germinação e no desenvolvimento inicial de plântulas de S. gardneriana em diferentes temperaturas. Nesse estudo foram utilizadas sementes com teor de água inicial em torno de 12,32% às quais foram arranjadas em esquema fatorial com oito níveis de salinidades, obtidos a partir da adição de cloreto de sódio (NaCl) e diluídos em água destilada nas concentrações de 0,0 (testemunha); 1,5; 2,5; 3,5; 4,5; 5,5; 6,5 e 7,5 dS m-1 e quatro temperaturas de 25, 30, 35 e 20-30 °C, em quatro repetições de 25 sementes cada. Os efeitos da salinidade e da temperatura foram avaliados por meio da germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento da parte aérea e da raiz, massa seca da parte aérea e da raiz e total de plântulas. O aumento dos níveis de salinidade da água interfere em todas as variáveis analisadas na germinação de sementes de S. gardneriana, principalmente sob a temperatura de 35 °C. Nas temperaturas de 25 e 30 °C a germinação e o desenvolvimento inicial das sementes são menos afetados pela salinidade. As sementes de S. gardneriana são sensíveis à salinidade causada pelo aumento do NaCl a partir de 1,5 dS m-1, o que indica baixa tolerância desta espécie em ambientes salinos. Os resultados obtidos neste trabalho mostram que o efeito negativo na germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de S. gardneriana pode ser explicado pelo aumento dos níveis salinos e temperatura, reduzindo o poder da planta em absorver água e nutrientes, o que indica respostas de sensibilidade dessa espécie a salinidade e ao estresse térmico.(AU)

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