Modelagem da erosão hídrica pelo método de erosão potencial em uma sub-bacia hidrográfica de referência no sul de Minas Gerais
Tavares, André SilvaSpalevic, VeliborAvanzi, Junior CesarNogueira, Denismar AlvesSilva, Marx Leandro NavesMincato, Ronaldo Luiz
Perdas de solo por erosão hídrica colocam em risco a sustentabilidade agrícola e a segurança alimentar das gerações atuais e futuras. Assim, este trabalho estimou as perdas potenciais de solo e a produção de sedimentos em diferentes tipos de usos da terra em uma sub-bacia hidrográfica no Município de Alfenas, sul de Minas Gerais, Sudeste do Brasil. A pesquisa teve como objetivo avaliar a aplicação do Método de Erosão Potencial pelo programa Intensidade de Erosão e Escoamento, correlacionando com os resultados obtidos pela Equação Universal de Perdas de Solo Revisada, aliado às técnicas de geoprocessamento e de análise estatística. No Método de Erosão Potencial, o coeficiente que indica a intensidade média da erosão foi de 0,37, ou categoria IV de deterioração, que aponta processos de erosão laminar de grau fraco, com perda total de solo de 649,31 Mg ano-1 e média de 1,46 Mg ha-1 ano-1. Os resultados corresponderam, em magnitude, aos obtidos na Equação Universal de Perdas de Solo Revisada, com perda média de solo de 1,52 Mg ha-1 ano-1 e total de 668,26 Mg ano-1. O Método de Erosão Potencial sugere que 1,5% da área possui perdas potenciais de solo acima do limite da Tolerância de Perda de Solo, que variou de 5,19 a 5,90 Mg ha-1 ano-1, enquanto a Equação Universal de Perdas de Solo Revisada indicou que 7,3% da área possui perdas potenciais de solo acima do limite. A descarga máxima de sedimentos foi de 60 Mg ano-1, ou seja, 9,3% da perda total de solo atinge asáreas deposicionais do deflúvio ou cursos dágua. O Método de Erosão Potencial mostrou eficiência naavaliação da erosão hídrica em solos tropicais, com resultados consistentes com modelos amplamenteempregados na estimativa de perdas de solo, e dão suporte para a avaliação das perdas de solo no Brasil,sendo assim, uma ferramenta robusta para avaliar a sustentabilidade das atividades agrícolas.(AU)
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