Qualidade microbiológica, detecção de genes de enterotoxinas e resistência antimicrobiana de Staphylococcus aureus isolados de leite e queijo de Coalho
Pereira, Cecilia Teresa MunizOliveira, Diêgo Sávio Vasconcelos deVeloso, Vanessa SolanoSilva, Sabina dos Santos PaulinoSantos, Leidiane SousaLima Neto, Anísio FerreiraOliveira, Felipe Araújo de AlcântaraMelo, Maria Celeste Nunes deSoares, Maria José dos Santos
Este estudo avaliou a qualidade microbiológica de amostras de leite e queijo de Coalho, a prevalência de genes das enterotoxinas, a resistência antimicrobiana e o fenótipo de resistência MLSB por meio do D-teste, em cepas de Staphylococcus aureus isoladas destes produtos. Foram analisadas 70 amostras de leite e queijo de coalho. Cepas de S. aureus foram identificadas por meio de testes bioquímicos. A presença de genes se (sea-see) foi verificada pela técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR). A sensibilidade antimicrobiana das cepas de S. aureus foi avaliada para 13 antimicrobianos, utilizando a técnica de difusão em disco e o ensaio de difusão de disco duplo (D-teste), para determinar o fenótipo de resistência induzível à lincosamidas. A quantidade de enterotoxina estafilocócica suficiente para causar a intoxicação alimentar é geralmente observada quando a população de estafilococos excede a contagem de 10(5) UFC mL-¹ g-¹. Neste estudo, nenhuma das amostras de leite analisadas apresentou esta contagem, entretanto, 73,3 % (22/30) das amostras de queijo de Coalho ultrapassaram este valor. Um total de 109 isolados foram identificados como S. aureus. A presença de genes de enterotoxinas foi detectada em 25,7% destas estirpes, ocorrendo amplificação apenas para o gene sec. A maioria destas bactérias (78,5 %) apresentaram resistência a um ou mais de dois agentes antimicrobianos. O D-teste demostrou que 25,0 % dos isolados resistentes à eritromicina tinham o fenótipo de resistência constitutiva e 3,8 % tinham o fenótipo de resistência induzível à clindamicina. Estes resultados indicam que estes produtos lácteos representam um risco para a saúde, desde que essas bactérias podem causar doenças de origem alimentar ou podem ser um possível caminho para a transferência de cepas resistentes aos antimicrobianos para os seres humanos.(AU)
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