O inóculo ruminal de bovinos abatidos pode substituir o inóculo de bovinos canulados em pesquisas de avaliação de alimentos?
Alba, Henry Daniel RuizOliveira, Ronaldo LopesCarvalho, Silvana TeixeiraÍtavo, Luís Carlos VinhasRibeiro, Ossival LolatoNascimento Júnior, Nilton Guedes doFreitas, Marcondes DiasBezerra, Leilson Rocha
O objetivo foi testar a hipótese de que o inóculo ruminal obtido a partir de bovino abatido pode substituir o inóculo do bovino canulado em ensaios que avaliam os alimentos para ruminantes através da produção de gás in vitro e digestibilidade. Foram utilizados cinco novilhos adultos Holstein × Zebu com cânula ruminal para coleta e comparação de líquido ruminal provenientes destes animais in vivo e de animais abatidos. A digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) e da fibra em detergente neutro in vitro (DIVFDN) e as concentrações de nitrogênio amoniacal não diferiram entre fontes de inóculo (abatidos × canulados) para todos os subprodutos e níveis testados. A produção total de gás in vitro no inóculo ruminal de animais canulados foi maior (P < 0,001) comparado ao inóculo de animal abatido para os diferentes níveis de torta de licuri. No entanto, as maiores concentrações totais de gás in vitro foram observadas para animais abatidos quando o co-produto utilizado foram níveis de glicerina bruta (P <0,001). Não foram observadas diferenças nas dietas contendo farelo de mamona (P > 0,05). Assim, o inóculo ruminal obtido a partir do conteúdo ruminal de bovino abatido pode substituir o uso de animais fistulados, sendo uma alternativa viável para a realização da análise de digestibilidade. Esta abordagem é eticamente mais correta porque alivia o sofrimento dos animais evitando um procedimento invasivo.(AU)
Texto completo