Efeito do extrato etanólico da casca do pequi (Caryocar brasiliense) na cardiotoxicidade aguda induzida por doxorrubicina em ratos Wistar (Rattus norvegicus albinus)
Moura, Léa ResendeOrpinelli, Stiwens Roberto TrevisanSugita, Denis MasashiPinheiro, GéssicaFaleiro, Mariana Batista RodriguesConceição, Edemilson Cardoso daCarvalho, Rosângela de Oliveira AlvesMoura, Veridiana Maria Brianezi Dignani de
Avaliou-se a ação do extrato etanólico da casca do pequi (EECP) e a imunomarcação de metaloproteinases de matriz 2 e 9 (MMP2 e MMP9), e inibidores teciduais das metaloproteinases de matriz 1 e 2 (TIMP1 e TIMP2), no miocárdio de ratos submetidos à cardiotoxicidade aguda pela doxorrubicina (DOX). Utilizaram-se 30 ratos Wistar, em seis grupos de cinco animais, sendo Grupo Sham (GS) água e salina; (G1) 16 mg/kg de DOX e 300 mg/kg de EECP por 17 dias; (G2) 16 mg/kg de DOX e 600 mg/kg de EECP por 17 dias; (G3) 16 mg/kg de DOX e 300 mg/kg de EECP por 10 dias; (G4) 16 mg/kg de DOX e 600 mg/kg de EECP por 10 dias; e grupo controle (GC) 16 mg/kg de DOX. Três dias após a aplicação da DOX, no dia 17, realizaram-se a eutanásia e colheita de amostras para análises antomopatológicas. No coração dos ratos que receberam DOX observaram-se degeneração vacuolar miocítica, desorganização dos cardiomiócitos e fragmentação das miofibrilas, necrose, infiltrado inflamatório mononuclear, células de Anitschkow, fibrose, congestão e edema. Nos grupos G1 e G2 o EECP atenuou a degeneração vacuolar miocítica e no G4 atenuou a desorganização dos cardiomiócitos. TIMP1 foi constatada em maior porcentagem de células marcadas no grupo de ratos que recebeu 300 mg/kg do EECP por 17 dias. Conclui-se que o EECP minimiza os efeitos deletérios da DOX no miocárdio de ratos. Nas doses de 300 e 600 mg/kg por 17 dias atenua a degeneração vacuolar miocítica, a 600 mg/kg por 10 dias reduz a desorganização dos cardiomiócitos e a 300 mg/kg por 17 dias aumenta a expressão de TIMP1 no miocárdio de ratos tratados com DOX.(AU)
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