Influência da alimentação, temperatura e tempo de estocagem sobre a viabilidade extracorpórea do fluido ruminal de bovinos
Martin, Camila CeciliaHilgert, Ayrton RodrigoGuirro, Erica Cristina Bueno do Prado
Algumas vezes é necessário utilizar fluido ruminal obtido em abatedouros para transfaunação. Este estudo avaliou o fluido ruminal de bovinos recém abatidos alimentados in vivo com pasto ou pasto e concentrado estocados sob banho-maria, temperatura ambiente, refrigerado ou congelado submetidos à análise física, química e microbiológica por 24 horas. A cor, consistência e odor se alteraram primeiramente em refrigeração, seguido por temperatura ambiente e banho-maria. A fresco (TF) o pH foi de 7,5 no grupo pasto e 6,4 no grupo pasto e concentrado. O tempo de redução do azul de metileno a fresco foi 2.35 min no grupo pasto e 1.86 no grupo que recebeu pasto e concentrado, os melhores valores foram encontrados no grupo banho-maria. A concentração de cloreto no grupo pasto foi 15,7 e no grupo pasto e concentrado foi 16,3 mEq/L. Em relação às bactérias houve predomínio de Gram negativas. A concentração de protozoários foi 51,5 no grupo pasto e 47,5x104/ml no grupo pasto e concentrado com ligeira dominância de protozoários pequenos; a motilidade foi melhor em banho maria que em temperatura ambiente, refrigerado ou congelado, respectivamente. A viabilidade do fluido ruminal coletado de bovinos recém abatidos é influenciada pela alimentação in vivo, mas as alterações decorrentes do tempo e da temperatura de estocagem são mais marcantes. O fluido ruminal é viável por nove horas quando estocado em banho-maria (38°C), duas horas sob temperatura ambiente e mostra-se inadequado após refrigeração ou congelamento.(AU)
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