Infestação de carrapatos em bovinos Brangus criados com Nelore no Brasil central
Andreotti, RenatoBarros, Jacqueline CavalcanteGarcia, Marcos ValerioRodrigues, Vinicius da SilvaHiga, Leandro de Oliveira SouzaDuarte, Pâmella OliveiraBlecha, Isabella Maiumi ZaidamBonatte-Junior, Paulino
Este trabalho teve o objetivo de avaliar o comportamento da infestação de carrapatos (Rhipicephalus microplus) em bovinos da raça Brangus associado com Nelore no Brasil central em rebanho infestado naturalmente na região do município de Água Clara, MS, Brasil. Para o experimento de campo um grupo de 15 animais em inicio de recria da raça Brangus e 15 animais da raça Neloree outro grupo controle com 30 animais Brangus, foram mantidos em dois piquetes geminados com lotação de aproximadamente 0,6 unidade animal por hectare (Ua/ha). A cada 18 dias os carrapatos foram contados dos dois lados do corpo dos bovinos após a pesagem dos mesmos. A cada 36 dias foi colhido sangue para realizar o hematócrito e o diagnóstico molecular para os três agentes da Tristeza Parasitária Bovina (TPB). A raça Brangus produziu 6,8 vezes mais carrapatos do que o Nelore e o seu ganho de peso não apresentou diferença estatística quando comparada com a raça Nelore. Ao longo de seis meses os animais não apresentaram hematócrito abaixo do normal e todos os animais foram positivos para Babesia bigemina e Anaplasma marginale, mas todos foram negativos para Babesia bovis. Não houve correlação entre número de carrapatos e ganho em peso para os dois grupos. O Grupo 1 produziu 27% a menos carrapatos que o Grupo 2. O rendimento da taxa de recuperação de carrapatos desenvolvido com animais estabulados mostrou que a raça Angus foi a de maior rendimento, alcançando uma taxa de recuperação de 6,15% do total de teleóginas, seguida pela Brangus com 2,01%e por último constatando a natural resistência da raça Nelore com apenas 0,83% de teleóginas oriundas da infestação artificial. Levando em consideração que o Padrão de Infestação seja de 10 teleóginas/dia/animal o Nelore necessitou de 1.204 larvas/dia enquanto o Brangus de 497 larvas/dia. Estima-se que Brangus necessitou de apenas 11,3% das larvas nas pastagens originadas do Nelore para manter o nível de infestação apresentado neste trabalho.[...](AU)
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