Tartaruga-verde, Chelonia mydas, como sentinela do ambiente marinho e costeiro: atividades antrópicas e enfermidades
Domiciano, Isabela GuarnierDomit, CamilaBracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro
A tartaruga-verde, Chelonia mydas, possui ampla distribuição geográfica, reprodução tardia e complexo ciclo de vida, habitando áreas costeiras e oceânicas. Devido a essas caracterÃsticas, a espécie está exposta a diferentes tipos de ameaças e pode sinalizar sobre variações e a gravidade desses impactos ao longo do tempo no ecossistema, sendo considerada sentinela ambiental. Este trabalho teve por objetivo discorrer sobre relatos de atividades antrópicas impactantes e doenças infecciosas e parasitárias em C. mydas, com ênfase nas ocorrências no litoral brasileiro. A captura acidental em petrechos de pesca é uma das principais ameaças à conservação desses animais, assim como a ingestão de resÃduos sólidos, colisão com embarcações, dragagens e bioacumulação de contaminantes quÃmicos, os quais podem atuar diretamente ou indiretamente na morte dos animais. Dessa forma, quando não matam o animal, podem servir como porta de entrada para agentes patogênicos e agirem como imunossupressores que influenciam no desenvolvimento de doenças secundárias. Os agentes patogênicos associados a lesões incluem vÃrus, bactérias, fungos, protozoários e helmintos. A fibropapilomatose, por exemplo, é caracterizada por tumores cutâneos e viscerais que afetam C. mydas juvenis no mundo todo, e o provável agente é o Chelonid herpesvirus 5. As bactérias Vibrio al
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