VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 2543-2550

Anticorpos anti-Rickettsia rickettsii em capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris Linnaeus, 1766) de uma de uma região agrícola de Araras, São Paulo, Brasil

Pacheco, Filipe CorrêaMoraes Filho, JonasRocha, Vlamir JoséSampieri, Bruno RodriguesZaniolo, Melissa MarchiPachaly, José RicardoOtutumi, Luciana KazueVidotto, OdilonLabruna, Marcelo BahiaGonçalves, Daniela Dib

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por rickéttsias do Grupo da Febre Maculosa, que geralmente se desenvolve em caráter endêmico e tem como principal agente etiológico Rickettsia rickettsii. Apresenta elevadas taxas de letalidade no Brasil, e a transmissão do agente ao homem ou animal ocorre pela picada de carrapatos infectados. A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é um importante reservatório de Rickettsia spp., e por meio de infecção experimental demonstrou-se sua capacidade de mantê-la circulante no organismo, sem apresentar sinais clínicos da doença. Considerando o elevado potencial zoonótico e os prejuízos causados na saúde única por esse agente, este trabalho teve o objetivo de detectar anticorpos anti-Rickettsia rickettsii em capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) de um bosque urbano de Araras, São Paulo, Brasil. Foi utilizada a técnica de imunofluorescência indireta (IFA) para detectar anticorpos anti-R. rickettsii. Das 28 amostras de soro testadas na IFA, 18 (64,28%) foram consideradas reagentes com títulos de anticorpos variando de 256 a 2048, sendo que sete (38,88%) amostras apresentaram títulos de 256, três (16,67%) títulos de 512, cinco (27,78%) títulos de 1024 e três (16,67%) títulos de 2048 e não foi possível a associação da variável sexo (p?0.05) com os resultados sorológicos para Rickettsia rickettsii. Outros estudos serão necessários para esclarecer que títulos sorológicos na IFA podem assegurar a positividade da infecção na capivara, a partir deavaliação clínica e laboratorial frente à rickettsemia, e estabelecer a relação entre títulos e a cronicidade da doença. Isso decorre da possibilidade de ocorrência de reações cruzadas com outras espécies de rickéttsias dos mesmos subgrupos, levando à necessidade da realização de testes moleculares para se confirmar o diagnóstico para a enfermidade.(AU)

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