Avaliação do desempenho animal, consumo de alimento e perdas econômicas em ovinos infectados experimentalmente por Trypanosoma vivax
Brito, Parmênedes Dias deLima, Telma de SousaOliveira, Andréia Freitas deFaçanha, Débora Andrea EvangelistaFreitas, Carlos Iberê AlvesBraga, Alexandre de PaulaBatista, Jael Soares
O Trypanosoma vivax é um protozoário originário do Continente Africano que mesmo não completando seu ciclo biológico na América do Sul, devido à ausência da mosca tsé-tsé, pode levar ruminantes a óbito. O presente trabalho teve por objetivo verificar, em ovinos infectados, os efeitos do T. vivax em medidas e índices que caracterizam o desempenho animal, bem como perdas econômicas em animais de abate. Para tanto foram utilizados vinte ovinos adultos, machos, inteiros com idade e peso aproximados, criados em confinamento, submetidos ao mesmo manejo e alimentação, sendo esta balanceada e suplementada com minerais adequados. Os animais foram divididos em dois grupos: o grupo controle (GC) e o grupo infectado (GI) que foi alcançado pela inoculação endovenosa de 1,3 x 105 tripomastigotas de T. vivax. O consumo de ração foi verificado diariamente, enquanto a conversão alimentar (CA), o índice de eficiência alimentar (IEA) e o ganho de peso foram obtidos semanalmente. O ganho de peso total (GPT) foi obtido ao final de 70 dias pós-infecção. A perda econômica foi obtida subtraindo do valor esperado (GC) do valor obtido (GI), e a diferença exposta em porcentagem. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados, para isolar o efeito do peso inicial, foi aplicado o teste t de Student a 5% para comparação de médias. A taxa de letalidade do T. vivax em ambiente experimental controlado foi de 10%, taxa muito inferior ao verificado em surtos naturais. Quanto ao consumo de ração, os grupos apresentaram consumo idêntico durante todo o período, todavia, o GPT do grupo infectado foi significativamente inferior, 50,7% menor quando comparado ao GC. Do mesmo modo, o ganho de peso diário (GPD), conversão alimentar (CA) e o índice de eficiência alimentar (IEA) do GI foram significantemente inferiores ao GC. Além disso, os piores índices de CA e IEA coincidiram com os picos parasitêmicos e recidivas, provavelmente pela demanda imunológica, e de reparos teciduais...(AU)
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