Lesões esplênicas observadas em 71 cães esplenectomizados: um estudo retrospectivo
Silva, Elisângela Olegário daSantis, Giovana Wingeter DiHeadley, Selwyn ArlingtonBracarense, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro
O baço de cães é frequentemente afetado por alterações locais ou de origem sistêmica. A dificuldade em associar achados clínicos e macroscópicos contribuem para a escolha da esplenectomia total com principal tratamento, levando a um comprometimento das funções imune e hematopoiética. O principal objetivo deste estudo foi avaliar os achados patológicos no baço de cães esplenectomizados durante 2008 a 2014 em um Hospital Escola Veterinário. Dos 71 casos analisados, 97% (69/71) dos cães foram submetidos à esplenectomia total e 3% (2/71) à esplenectomia parcial. Em 45 (63.4%) casos, o diagnóstico histopatológico foi de alterações não-neoplásicas; somente 36,6% (26/71) tinham neoplasia esplênica. As principais alterações não-neoplásicas observadas foram hiperplasia nodular 24,4% (11/45), infarto 22,3% (10/45) e hematoma 20% (9/45). Os tumores mais frequentes foram hemangiossarcoma 50% (13/26), sarcoma histiocítico 23% (6/26) e linfoma esplênico 11.5% (3/26). Os métodos clínicos utilizados para diagnóstico foram ultrassonografia 88% (63/71), radiografia 2.8% (2/71) e laparatomia exploratória. Em 4,2% (3/71), as alterações esplênicas foram observadas durante ovariohisterectomia terapêutica. Os resultados do presente estudo evidenciam uma prevalência de alterações benignas no baço de cães esplenectomizados, associada com uma alta incidência de esplenectomias totais realizadas, indicam uma dificuldade dos médicos veterinários em reconhecer asdiferentes lesões que podem acometer o baço.(AU)
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