VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 3115-3124

Fração de encurtamento longitudinal e movimento anular mitralem cães

Sousa, Marlos GonçalvesGava, Fabio NelsonSilva Filho, Jorge Cardoso daSilva, Sheila Nogueira Saraiva daCamacho, Rafael RodriguesCarareto, RobertaWolf, MarcelaCamacho, Aparecido Antonio

A dinâmica ventricular sistólica envolve a contração de fibras miocárdicas transversais e longitudinais e, infelizmente, os parâmetros ecocardiográficos de função sistólica utilizados rotineiramente estão focados apenas na atividade das fibras transversais. Embora a deformação e a taxa de deformação miocárdicas venham sendo utilizadas para avaliar a contração cardíaca nos planos radial, circunferencial e longitudinal, tal análise requer equipamentos avançados que nem sempre estão disponíveis na Medicina Veterinária. Por outro lado, alguns parâmetros não usuais podem ser quantificados valendo-se de metodologia convencional, permitindo avaliar especificamente a função contrátil longitudinal do ventrículo esquerdo. Neste estudo, a atividade contrátil longitudinal foi avaliada por meio da fração de encurtamento longitudinal e do movimento anular mitral, os quais foram comparados com diversas variáveis ecocardiográficas convencionais em 14 Beagles, sendo sete deles portadores de doença valvar mitral assintomática. A fração de encurtamento longitudinal apresentou correlação positiva com o movimento anular mitral e com o diâmetro do ventrículo esquerdo em diástole. Também houve correlação significativa entre o movimento anular mitral e o diâmetro ventricular esquerdo em diástole, o que pode sugerir sua dependência da pré-carga. Embora não tenham sido observadas diferenças no movimento anular mitral e na fração de encurtamento longitudinal entre cães saudáveis e valvulopatas, há que se enfatizar que os animais com doença mitral apresentavam apenas mínimoremodelamento cardíaco, sem quaisquer indícios de comprometimento da função sistólica. (AU)

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