Situação epidemiológica da tuberculose bovina no Estado de Mato Grosso, Brasil
Néspoli, João Marcelo BrandiniNegreiros, Rísia LopesAmaku, MarcosDias, Ricardo AugustoFerreira, FernandoTelles, Evelise OliveiraHeinemann, Marcos BryanGrisi-Filho, José Henrique HildebrandGonçalves, Vitor Salvador PicãoFerreira Neto, José Soares
Em 2009, a situação epidemiológica da tuberculose bovina foi estudada no Estado de Mato Grosso, tradicional exportador de carne. O Estado foi estratificado em quatro regiões. Em cada região, propriedades foram sorteadas aleatoriamente e, dentro dessas, escolheu-se de forma também aleatória um número pré-estabelecido de animais, os quais foram submetidos ao teste tuberculínico Cervical Comparativo. No total, foram testados 28.878 animais, provenientes de 1.133 propriedades. Os animais que resultaram inconclusivos foram retestados com o mesmo procedimento diagnóstico em intervalo mínimo de 60 dias. Em cada propriedade amostrada aplicou-se um questionário para se verificar possíveis fatores de risco para a doença. No Estado, a prevalência de focos foi de 1,3% [0,7; 2,4] e a de animais 0,12% [0,03; 0,44]. Nas regiões, as prevalências de focos e de animais foram, respectivamente, de 0,0% [0,0; 2,0] e 0,0% [0,0; 0,08] na região pantanal, 1,3% [0,5; 3,1] e 0,04% [0,01; 0,17] na região leite, 0,7% [0,2; 2,7] e 0,01% [0,003; 0,04] na região engorda e 1,7% [0,7; 4,1] e 0,24% [0,06; 0,90] na região cria. Verificou-se que a condição do foco de tuberculose bovina está associada à produção de leite, com raças europeias ou mestiças, com algum grau de sofisticação no modo de produção e em rebanhos com até 486 animais. Assim, a implementação de um sistema de vigilância para detecção e saneamento dos focos residuais constitui a melhor estratégia para o Estado.(AU)
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