Atividade antioxidante e metabolismo fermentativo em plantas de Erythrina crista-galli sob alagamento
Larré, Cristina FerreiraMoraes, Caroline LeivasBorella, JuniorAmarante, Luciano doDeuner, SidneiPeters, José Antônio
O objetivo deste trabalho foi determinar os mecanismos de tolerância ao alagamento de plantas de Erythrina crista-galli L., por meio da avaliação da atividade de enzimas antioxidantes e fermentativas, assim como dos componentes do estresse oxidativo em folhas e raízes. Plantas oriundas de sementes foram cultivadas em vasos com capacidade para 0,5 litros em casa de vegetação e transferidas para vasos de cinco litros. Foram utilizados dois tratamentos: plantas alagadas nas raízes com a manutenção de uma lâmina de água acima da superfície do solo e plantas não alagadas (controle). As avaliações foram realizadas aos 10, 20, 30, 40 e 50 dias após a indução dos tratamentos. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso e os resultados obtidos submetidos à análise de variância e analisados por comparação de médias pelo Teste de Tukey. Em cada período foram avaliadas a atividade de superóxido dismutase, catalase, ascorbato peroxidase, quantificação da peroxidação lipídica e teores de peróxido de hidrogênio em folhas, raízes e raízes adventícias; a atividade das enzimas lactato desidrogenase, piruvato descarboxilase e álcool desidrogenase nas raízes principais e adventícias. Foi verificado um aumento na atividade das enzimas ascorbato peroxidase e catalase nas folhas para manter estáveis os níveis de H2O2, o que proporcionou redução na peroxidação lipídica. Nas raízes foi verificada uma atuação mais marcante de todas as enzimas antioxidantes até os 30 dias de alagamento, favorecendo a redução nos níveis de H2O2 e de peroxidação de lipídios. A atividade das enzimas fermentativas foi evidenciada nas raízes principais desde o início do estresse, porém nas raízes adventícias só foi requerida nos períodos finais. Pode-se concluir que a E. crista-galli L., depende das raízes adventícias e, em especial, da utilização da rota fermentativa para tolerar a condição de alagamento.(AU)
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