Parasitismo de pupas de Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae) por Tetrastichus howardi e Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae)
Oliveira, Harley Nonato deSimonato, JulianaGlaeser, Daniele FabianaPereira, Fabrício Fagundes
Helicoverpa armigera é uma praga recentemente identificada no Brasil ocasionando perdas significativas em várias culturas em várias regiões do país. O controle biológico tem sido relatado como uma das alternativas promissoras para o manejo desta praga. O objetivo deste trabalho foi avaliar o parasitismo de pupas de H. armigera pelos parasitoides Tetrastichus howardi e Trichospilus diatraeae, em laboratório. Pupas de H. armigera foram individualizadas e expostas ao parasitismo por 15 fêmeas de Trichospilus diatraeae ou por 15 fêmeas de Tetrastichus howardi, durante 24 h. Após este período, as pupas permaneceram em observação até a emergência dos parasitoides. As porcentagens de parasitismo de Tetrastichus howardi e Trichospilus diatraeae foram de 100%. Em relação à emergência, a porcentagem foi de 100% para Tetrastichus howardi e de 90% para Trichospilus diatraeae. O ciclo de vida de Tetrastichus howardi em pupas de H. armigera foi de 15,0 ± 0,0 dias, enquanto que Trichospilus diatraeae completou o desenvolvimento em 15,90 ± 0,10 dias. O número de indivíduos de Tetrastichus howardi e Trichospilus diatraeae emergidos por pupa foi de 669,30 ± 33,47 e 816,11 ± 89,22, e razão sexual de 0,91 ± 0,01 e 0,94 ± 0,01, respectivamente. Os parasitoides Tetrastichus howardi e Trichospilus diatraeae parasitam com sucesso pupas de H. armigera em condições de laboratório, demonstrando que esse pode ser um bom hospedeiro para criação de ambos os parasitoides. Contudo, estudos mais detalhados da relação parasitoide-hospedeiro são necessários para avaliar a viabilidade de inclusão desses parasitoides em programas de manejo integrados de H. armigera.(AU)
Texto completo