Técnicas para avaliação espermática utilizando sondas fluorescentes
Cunha, Andrielle Thainar MendesCarvalho, José OliveiraDode, Margot Alves Nunes
Diversos testes laboratoriais têm sido desenvolvidos com o intuito de obter resultados confiáveis nas avaliações espermáticas, aumentando a qualidade e a confiabilidade do sêmen utilizado em técnicas de reprodução assistida. Esses testes têm permitido detectar danos em compartimentos e organelas específicas da célula espermática, que não são detectados nas análises de rotina. Dentre esses testes, o uso de sondas fluorescentes e sua detecção em microscópio de epifluorescência ou citometria de fluxo se tornaram ferramenta importante quando uma avaliação mais acurada é necessária. Para a avaliação da integridade de membrana plasmática, pode ser utilizado o iodeto de propídio, associado ao diacetato de 6-carboxifluoresceína. As avaliações de integridade acrossomal podem ser feitas através do isotiocianato de fluoresceína, associado às lecitinas conjugadas, como a Psium sativum ou Arachis hypogaea. O potencial mitocondrial pode ser avaliado quanto à ausência ou presença através da sonda Mitotracker ou Rodamina 123. Outra opção ainda melhor pode ser observada utilizando o corante iodeto de 5,5; 6,6 tetracloro 1,1; 3,3 tetraetilbenzimidazolil-carbocianina (JC-1), este corante avalia a presença do potencial mitocondrial e avalia quanto à classificação do grau. Para avaliar a integridade de cromatina, pode ser empregado o uso de duas técnicas conhecidas como TUNEL ou COMETA, ou pode ser utilizado o corante Acridine Orange Test (AOT). Para avaliar se o espermatozoide está passando ou passou pelo processo de capacitação, pode ser utilizada a técnica de fluorescência a base de clortetraciclina, o CTC, quelante do cálcio, ou a Merocianina 540. Esta revisão enfatiza as principais sondas fluorescentes disponíveis para avaliar a integridade de membrana plasmática, capacitação, integridade acrossomal, integridade da cromatina, e potencial mitocondrial.(AU)
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