VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 4333-4340

Recuperação de oócitos equinos por raspagem da parede folicular com diferentes especificações de agulhas e análise morfológica do cumulus oophorus

González, Suellen MiguezSilva, Camila Bizarro daLindquist, Andressa GuidugliBúfalo, IsabelaMachado, Fernanda ZandonadiBueno, João Vitor RavagnaniScarpin, Larissa CorrêaBergamo, Larissa ZamparoneSilva-Santos, Katia CristinaMarinho, Luciana Simões RafagninSeneda, Marcelo Marcondes

Na obtenção de oócitos para a espécie equina, aspectos físicos são de alta significância para o sucesso da técnica, como a pressão de vácuo e o calibre de agulha utilizado, além da forma como é realizada a raspagem da parede folicular. O objetivo deste estudo foi investigar o índice de recuperação de oócitos equinos aspirados pela técnica de raspagem da parede folicular, testando calibres distintos de agulhas descartáveis, assim como avaliação morfológica dos complexos cumulus oophorus (CCOs). Foram utilizados ovários de éguas (n=447), obtidos em abatedouro local, transportados ao laboratório em recipiente térmico (20 ºC) e submetidos à dissecação da túnica albugínea e tecidos conectores. Os folículos aspirados obtinham diâmetro entre 10 mm a 25 mm, e para tanto utilizou-se a agulha 30x8 (21G 1 ¼) ou 40x12 (18G 1 ½), formando respectivamente, o grupo A (G-A) e grupo B (G-B). No G-A e G-B aspiraram-se 480 e 548 foliculos, respectivamente. Sob lupa estéreo-microscópica avaliou-se os oócitos quanto à qualidade do ooplasma e características das células do cumulus oophorus (grau I, II, III e desnudo). Para análise estatística utilizou-se teste t Student, regressão logistica e teste de proporções, e as diferenças foram consideradas significativas quando P 0,05. A taxa de recuperação entre G-A e G-B não apresentou diferença; 66,5% (330/496) e 65,5% (359/548), respectivamente. Houve diferençaquanto à qualidade dos oócitos no G-A, no qual os oócitos de grau II obtiveram melhor taxa (46,9%; 145/330; P<0,05) frente ao grau I (23,6%; 72/330), grau III (20,6%; 59/330) e desnudo (8,5%; 24/330). Entretanto, no G-B não houve diferença estatística quanto aos graus de qualidade do CCOs recuperados, grau I (23,4%; 77/359), grau II (43,2%; 145/359), grau III (22,5%; 73/359) e desnudo (11,1%; 32/359).(AU)

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