Efeito do método de criopreservação utilizado, estágio de desenvolvimento embrionário e uso de isômeros do ácido linoleico conjugado na criotolerância de embriões bovinos produzidos in vitro
Marinho, Luciana Simões RafagninOhlweiler, Lain UrielBarreta, Marcos HenriqueGonçalves, Paulo Bayard DiasMezzalira, Joana ClaudiaMezzalira, Alceu
Existem evidências de que o ácido linoleico conjugado (CLA) pode aumentar a criotolerância de embriões produzidos in vitro (PIV). O efeito de dois isômeros do CLA na criotolerância de embriões bovinos PIV, assim como o estágio de desenvolvimento e o efeito do método de criopreservação, foi avaliado através de três experimentos. No Experimento 1, oócitos (n = 3.917) foram fecundados in vitro e embriões foram cultivados com 0, 50, 100 ou 200 μM de trans-10, cis-12 (t10, c12 CLA). No Experimento 2, oócitos fecundados (n = 2.131) foram cultivados com 100 μM de t10, c12 ou cis-9, trans-11 (c9, t11 CLA), ou ainda com uma associação de ambos. Os embriões foram vitrificados nos estágios de blastocisto (BL) ou blastocisto expandido (BE). No Experimento 3, oócitos (n = 1.720) foram fecundados e cultivados com ou sem 100 μM de t10, c12 CLA e os blastocistos foram vitrificados ou congelados. As taxas de desenvolvimento dos blastocistos, bem como de re-expansão e eclosão após o reaquecimento foram observadas. Adicionalmente, o número médio de células e a expressão de mRNA das enzimas acetil-CoA carboxilase (ACC1) e estearoil-CoA dessaturase (SCD1) e do complexo enzimático ácido graxo sintase (FASN) foram avaliados. No Experimento 1, a maior concentração de t10, c12 CLA que não reduziu a taxa de blastocisto foi 100 μM. No Experimento 2, as taxas de re-expansão e eclosão obtidas entre EB obtidos por PIV após suplementação com t10, c12 CLA (73,1 e 57,7%), com c9, t11 CLA (80,0 e 68,6%), com a associação de ambos (78,3 e 52,2%) e com o grupo Controle (85,4 e 58,3%) foram similares. As taxas de re-expansão e eclosão foram mais baixas no estágio de BL do que no estágio de BE, e a associação dos isômeros apresentou taxa de eclosão (8,0%) mais baixa do que a do grupo controle (40,0%).(AU)
Texto completo