Avaliação clínica, laboratorial e perfil eletroforético como auxílio diagnóstico de desnutrição em cães hospitalizados
Fabretti, Andrei KellitonFonseca, Inês Cristina de BatistaCoelho, Alexandre FreitasSilva, Cristiane NakahataPereira, Patrícia Mendes
A desnutrição é um dos principais fatores relacionados ao aumento das taxas de morbimortalidade, de reinternação, maior tempo de hospitalização e gastos com cuidados na saúde. Reconhecer o animal desnutrido ou em risco permite a intervenção nutricional e melhora do prognóstico. O presente trabalho avaliou a relação dos resultados clínicos, laboratoriais e eletroforéticos com o estado nutricional (EN) de cães hospitalizados, de maneira a traçar o perfil do cão enfermo, facilitando o diagnóstico de desnutrição. Foram estudados 215 cães, divididos de acordo com a gravidade da doença de base e com o EN clínico, através da avaliação do escore de condição corporal e do escore de massa muscular. O EN foi classificado como clinicamente bem nutrido, desnutrição clínica moderada e desnutrição clínica severa. A análise estatística foi baseada no teste Qui-quadrado ou teste exato de Fisher. No caso de variáveis contínuas, o teste utilizado foi o de Kruskal-Wallis. Houve forte associação entre desnutrição e gravidade da doença de base. Foi observado em cães hospitalizados, que os baixos valores de índice de massa corporal, anemia, baixas concentrações de hemoglobina, altas concentrações de fibrinogênio, diminuição da fração albumina e aumento da fração gamaglobulina (na eletroforese) estão associados com desnutrição, reforçando a classificação de um EN ruim. Entretanto, as características de pele epelagem, o número total de linfócitos, a glicemia, colesterol e a concentração de proteína total não foram considerados bons indicadores do EN.(AU)
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