Uso da ostra Crassostrea rhizophorae como filtro biológico para tratamento de efluentes da carcinicultura
Oliveira, Karen Figueiredo deAzevedo, Rafael Vieira dePereira, Marcelo CordeiroSantos, Marcel José Martins dosCarvalho, João Sérgio OliveiraBraga, Luis Gustavo Tavares
Este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade da ostra Crassostrea rhizophorae como filtro biológico para o tratamento de efluentes da carcinicultura e verificar a sua condição microbiológica após processo de filtração. Um total de 1080 ostras foram distribuídas em lanternas de engorda, mantidas em 12 tanques de fibra de vidro (170 L), em um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (sem ostras, 60, 120 e 180 ostras) e três repetições. O efluente utilizado foi proveniente do tanque de sedimentação de uma fazenda de produção de camarão. Semanalmente foram analisados: amônio (N-NH4 +), ortofosfato (P-PO4 3-), total de sólidos suspensos (TSS) e clorofila-a (Cl-a) do efluente de entrada e saída. Os tratamentos com ostras apresentaram remoção semelhante (P>0,05) nos teores de Cl-a e TSS do efluente, sendo superiores (P 0,05) ao tratamento sem ostras. Não foi observada melhoria na qualidade do efluente após a passagem pelos tanques experimentais em relação ao N-NH4 +. Em relação ao P-PO4 3-, todos os tratamentos reduziram as concentrações desse nutriente de forma semelhante (P>0,05). Não foram observadas diferenças (P>0,05) para os valores de coliformes totais e de cobre, independentemente da densidade de estocagem. Nas amostras analisadas não foram encontrados coliformes fecais e Salmonella spp. As ostras melhoram a qualidade da água, exceto N-N4+, e não apresentam contaminantes que inviabilizem seu consumo.(AU)
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