VETINDEX

Periódicos Brasileiros em Medicina Veterinária e Zootecnia

p. 1667-1682

Distância fenotípica entre matrizes de açaizeiro (Euterpe oleracea Mart. ) procedentes do nordeste do Pará

Galate, Rosemiro SantosMota, Milton Guilherme da CostaGaia, José Maria DemetrioCosta, Merilene do Socorro Silva

O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmácea nativa do Estuário Amazônico. A divulgação de suaspropriedades nutracêuticas, sua entrada nos mercados nacional e internacional e o consequente aumentode sua área plantada na Amazônia, fazem com que haja necessidade de estudar seu cultivo racional, jáque o extrativismo e o manejo de açaizais nativos apresentam produção limitada. O objetivo foi realizaruma estimativa preliminar da variabilidade e parâmetros genéticos e avaliar a divergência fenotípica dematrizes de açaizeiro. Tomaram-se dados de 129 matrizes de açaizeiro do Nordeste Paraense. Estimouse,com base em 22 caracteres morfoagronômicos relacionados ao desenvolvimento e produção daplanta, a ANOVA e parâmetros genéticos. A divergência foi estimada pela distância euclidiana médiapadronizada com os métodos de agrupamento UPGMA e de Tocher. A ANOVA apresentou 77,3% doscaracteres com variância significativa (p≤0,01 e p≤0,05); a razão CVg/CVe indicou que 72,3% doscaracteres podem apresentar variabilidade genética para utilização em programas de melhoramento.A distância euclidiana detectou como menos divergentes as matrizes EO-070 e EO-072, ambas daIlha do Combu e as mais divergentes foram EO-010 (Belém) e EO-018 (Salinópolis). Os métodos deagrupamento formaram dez (Tocher) e nove (UPGMA) grupos, praticamente semelhantes. Pelo métodode Tocher as matrizes mais dissimilares foram EO-035 (Capitão Poço), EO-109 (Ilha do Combu), EO-019 (Salinópolis) e EO-010 (Belém); e pelo método UPGMA EO-010 (Belém), EO-011 (São João dePirabas), EO-017, EO-018 e EO-019 (Salinópolis); EO-062 e EO-109 (Ilha do Combu). Concluiu-seque as 129 matrizes apresentam elevada variabilidade fenotípica. Os parâmetros genéticos indicaramque há possibilidade de utilização dessa variabilidade em programas de melhoramento genético. Hámatrizes divergentes para utilização como genitores na obtenção de genótipos superiores.(AU)

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