Valores hematológicos em eqüinos naturalmente infectados por estrongilídeos
Reichmann, PeterAugusto Naylor Lisboa, JúlioRegina Stipp Balarin, MaraBenedito da Luz Pereira, Ademir
Com objetivo de verificar as possíveis alterações hematológicas relacionadas ao parasitismo intestinal em eqüinos selecionaram-se 84 animais (42 machos, 42 fêmeas), mestiços, com idade entre 2 e 15 anos, utilizados em trabalho diário de tração urbana, com histórico de emagrecimento e menor resistência ao esforço físico, diagnosticando-se apenas elevada infecção natural por estrongilídeos. A contagem de ovos por gramas de fezes (OPG) mostrou uma variação de 350 a 6.500 OPG (Md = 1.425 OPG) caracterizando um grau considerável de infecção por formas adultas de estrongilídeos, sendo o quadro hematológico representado pelos valores médios a seguir; Eritrócitos: 6,43 ± 0,90 x 106/µL; Hb: 10,62 ± 1,63 g/dL; Ht: 30,98 ± 4,08 %; VCM: 48,38 ± 3,14 fL; CHCM: 34,51 ± 4,00 %; Leucócitos: 12.495,83 ± 2.776,26/µL; Bastonetes: 28,98 ± 114,43/µL; Neutrófilos: 7.970,77 ± 2.534,33/µL; Linfócitos: 3.921,62 ± 1.585,29/µL; Monócitos: 128,60 ± 187,10/µL e Eosinófilos: 434,33 ± 398,07/µL. Tais achados apontam a existência de leve leucocitose por neutrofilia, assim como uma tendência do quadro eritrocitário em se manter próximo aos limites inferiores de normalidade considerados para a espécie. Não se observou, por fim, qualquer alteração quanto aos valores de eosinófilos, contradizendo em parte o conceito de que a eosinofilia deva acompanhar os quadros de parasitismo intestinal na espécie eqüina.
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