Bacillus cereus in Brazilian Ultra High Temperature milk
de Paula Pacheco-Sanchez, CristianaRodriguez de Massaguer, Pilar
O consumo de leite ultra-alta temperatura (UHT) brasileiro aumentou, durante a última década, de 187 milhões de litros para 4,200 milhões de litros. No processo contínuo de leite UHT o leite é submetido por 2-4 seg a 130-150ºC, em sistemas de escoamento contínuo com refrigeração imediata e envase asséptico em embalagens herméticas. Esta pesquisa teve a finalidade de verificar a incidência da espécie B. cereus, em leite UHT. Em 1998, foi reportado alto índice destes organismos neste produto atingindo 34,14% das amostras analisadas. Além deste fato, existia a necessidade de se estabelece métodos e processos adequados para correta identificação de B. cereus. Assim, a esterilidade comercial de 6.500 embalagens de leite UHT foi estudada, em dois ensaios, após incubação das amostras a 37ºC e 7ºC por dez dias para germinar todos os possíveis esporos e/ou recuperar células vegetativas injuriadas. Após a incubação, foi realizada a medida de pH. Neste sentido, hum mil e trezentas amostras de cada uma de cinco plantas Brasileiras de processo UHT, que operam com injeção direta de vapor produzindo leite integral em embalagens cartonadas, foram investigadas em relação à presença de Bacillus cereus, através de ensaios fenotípicos e genéticos (PCR). Os valores de pH foram diferentes para as amostras analisadas oscilando entre 6,57 e 6,73. Após a estocagem das amostras, somente quatro embalagens suspeitas, com medida de pH abaixo de 6,5 foram analisadas na procura por B. cereus. Não foi detectado B. cereus em nenhuma amostra indicando que o leite integral UHT Brasileiro, das cinco plantas processadoras, não apresenta o microrganismo patogênico. Somente microrganismos deteriorantes foram isolados indicando que dentro do espaço amostral, o leite UHT analisado não representa riscos e problemas de saúde aos consumidores. A Espectroscopia Infravermelha por Transformada de Fourier (FTIR) e a Reação em cadeia da polimerase (PCR) foram consideradas eficientes e devem ser adotadas para confirmar a série bioquímica de B. cereus.
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